quarta-feira, 5 de maio de 2010

Isso é o futuro?

Achei esta notícia beeem interessante, principalmente com esse fantasma de rejeição pairando no ar....

Células-tronco podem reconstruir seios retirados

Mulheres que sofreram cirurgias de mastectomia podem logo ter uma nova opção para a cirurgia plástica de reconstrução das mamas: uma equipe de pesquisadores do Instituto de Microcirurgia Bernard O'Brien, na Austrália, está desenvolvendo uma terapia com células-tronco para que o próprio corpo trabalhe para a recuperação do seio.

De acordo com os pesquisadores, experimentos realizados com animais foram bem-sucedidos e testes em humanos começarão a ser realizados em aproximadamente três meses. Eles também acreditam que serão necessários três anos de estudos antes do desenvolvimento definitivo da técnica.

O novo procedimento é realizado com a inserção de uma peça biodegradável no peito da mulher, com o formato do seu seio natural. A peça irá conter céulas-tronco do tecido gorduroso da própria mulher, que irão crescer e recriar a gordura presente no seio feminino. Phillip Marzella, que participou do estudo, afirma que a técnica é uma opção melhor que o implante de silicone ou outras cirurgias complexas.

Os primeiros testes serão feitos com uma peça não-biodegradável, mas os pesquisadores esperam logo desenvolver uma peça biodegradável, afirma Marzella. "Assim, a gordura pode crescer dentro da peça e depois ela desaparecerá do corpo naturalmente", diz o pesquisador.

Segundo Marzella, duas abordagens foram feitas pela equipe para desenvolver a técnica. "A natureza abomina o vácuo, então como a peça é vazia, o corpo se encarrega de preenchê-la", diz. "Para a segunda abordagem nós desenvolvemos uma substância semelhante a um gel, que injetamos dentro da peça e que ajuda a estimular o crescimento", afirma o pesquisador.

Técnicas semelhantes já foram testadas para a reconstrução da bexiga, mas esta é a primeira vez que um procedimento deste tipo é desenvolvido para o seio. "Esperamos que a técnica possa ser usada em outros órgãos utilizando o mesmo princípio - uma cavidade que protege e contém células enquanto elas crescem e restauram sua função normal" afirma Marzella. "Este é um grande passo para a medicina e cirurgias de reconstrução", diz.

Atualmente, as técnicas utilizadas para a reconstrução das mamas após a mastectomia são arriscadas e complexas. Um dos métodos mais comuns usa músculos, gordura e pele do corpo da paciente para reformar o seio retirado. A cirurgia requer até um ano de recuperação e geralmente causa desconforto nas áreas de onde o músculo foi retirado, geralmente no abdome.

A opção de implantes de silicone pode causar infecções, além do risco de problemas de deslocamento do implante, que lentamente infla após alguns meses, e é diferente dos implantes usados em cirurgias cosméticas. "Certamente a nova técnica não acabará com o trauma que as pacientes sofrem com o câncer, mas poderá oferecer a elas uma alternativa e um alívio, ao saber que o seio poderá ser reconstruído", afirma Marzella.

Matéria retirada daqui.

Bom, agora é só esperar...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Rejeição....

Não, não estou me sentindo rejeitada! Eu é que estou rejeitando o meu expansor, claro que não de propósito, rsrsrsrs.
Gracinhas sem graça a parte, estou me entupindo de antibióticos e anti-inflamatórios pra tentar segurar o danado no meu corpo. E pra piorar, acho que está encapsulando. Estou sentindo que ele está preso em algumas partes. A inflamação mesmo, acho que está cedendo, mas vamos ver o que vamos conseguir....

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Tilt

Fui ao meu oncologista clínico hoje, Dr. Fábio. Sabe que uma das coisas que eu mais gosto nele é que ele explica tudo tintin por tintin. Ele é direto e muito sincero e, por isso, sempre me dá sustos. Vai explicando coisas complicadas e minha cabeça desesperada começa a pifar. Aí eu entro em pânico e ele, na maior paciência do mundo continua falando até eu entender o que ele quer dizer. E daí eu relaxo, porque eu sei que estou em boas mãos.
Então hoje ele começou a me explicar o resultado do exame anatomopatológico. Foi falando do susto que ele levou quando meu outro médico anjo, o Dr. Renato, meu cirurgião, disse que quando abriu a mama a encontrou toda comprometida com um tumor beeem agressivo. Isso porque fizemos 6 sessões de quimio , a mais punk segundo o Dr. Fábio, antes da cirurgia. Agora, imagine se não tivéssemos feito!
Depois começou a me explicar porque ele não acredita que eu devo voltar pra quimio. E foi aí que eu comecei a ficar meio nervosa. Começou a me explicar alguns estudos que foram feitos na Alemanha sobre a eficácia de alguns medicamentos de quimioterapia e, de repente, eu entendi que o meu tipo de câncer por ser muito agressivo, tinha 15% de chance de cura! Aí eu pirei, comecei a chorar! E então tudo virou um blablabla sem fim, não consegui entender mais nada por alguns minutos, até que.....
Concentra, Patricia, concentra! Perguntei: 15% de chance de cura? Aí ele percebeu que eu não tinha entendido nada do que ele estava falando....
15% das pessoas que fazem somente quimioterapia obtém cura total. O restante das pessoas tem que fazer outras terapias em conjunto pra obter o mesmo resultado. Então, ele só estava querendo dizer que a quimio que eu fiz foi ótima porque me proporcionou uma cirurgia menos agressiva, mas não me curou. Que pra eu ficar curada tenho que seguir com as outras terapias necessárias. Ok, ufa, a cabeça voltou a funcionar!